[Resenha] O Pistoleiro

Autor:  Stephen King

Editora: Suma de Letras

N° de páginas: 220

Gênero: Ficção Americana - 1982 (última edição 2004) 

Preço: R$42,90 na Saraiva

Leitura: Rápida - Média - Demorada 

Sinopse: Este livro é o primeiro dos sete volumes de série A Torre Negra, obra mais ambiciosa do escritor Stephen King. "O Pistoleiro" apresenta ao leitor o fascinante personagem de Roland Deschain, último descendente do clã de Gilead, e derradeiro representante de uma linhagem de implacáveis pistoleiros desaparecida desde que o Mundo Médio onde viviam "seguiu adiante". Para evitar a completa destruição desse mundo já vazio e moribundo, Roland precisa alcançar a Torre Negra, eixo do qual depende todo o tempo e todo o espaço, e verdadeira obsessão para Roland, seu Cálice Sagrado, sua única razão de viver. O pistoleiro acredita que um misterioso personagem, a quem se refere como o homem de preto, conhece e pode revelar segredos capazes de ajudá- lo em sua busca pela Torre Negra, e por isso o persegue sem descanso. Pelo caminho, encontra pessoas que pertencem a seu ka-tet - ou seja, cujo destino está irremediavelmente ligado ao seu. Entre eles estão Alice, uma mulher que Roland encontra na desolada cidade de Tull, e Jake Chambers, um menino que foi transportado para o mundo de Roland depois de morrer em circunstâncias trágicas na Nova York de 1977. Mas o pistoleiro não conseguirá chegar sozinho ao fim da jornada que lhe foi predestinada. Na verdade, sua aventura se estenderá para outros mundos muito além do Mundo Médio, levando-o a realidades que ele jamais sonhara existir. Inteiramente revista pelo autor, esta primeira edição brasileira de "O Pistoleiro" traz também prefácio e introdução inéditos de King.

Olá pessoal. Antes de mais nada eu queria pedir desculpa por ter demorado tanto para resenhar esse livro e para postar coisas no geral. É que ultimamente eu tenho tido muitos trabalho na escola e no curso o que fizeram com que eu ficasse com pouco tempo para ler e eu ainda peguei um livro que mesmo pequeno, a leitura não é tão rápida e já, já eu vou explicar porquê. 
Nessa série eu vou fazer o seguinte: vou resenhar cada livro individualmente e quando eu terminar todos, eu vou fazer uma resenha da série como um todo.

Quem acompanha o meu blog sabe que há pouco tempo eu comprei a série A Torre Negra toda no submarino e também como eu a encontrei, mas honestamente estou começando a ficar arrependido.  Eu ainda não comecei a ler o segundo livro, então eu não tenho uma opinião formada acerca da série, mas esse primeiro livro deixou bem a desejar. 
A diagramação interna e externa do livro me desapontou bastante. Vocês já devem ter percebido que ele é um livro caro, e olhem que eu coloquei o menor preço que eu achei, mas esse livro está saindo por uma média de 55 reais, chegando até a 59. Então pelo preço eu esperava uma coisa bem mais trabalhada. A capa do livro é linda, isso é inquestionável, mas o livro não possui orelhas. Bom, eu não as uso, mas para mim a presença delas faz com que livros que não são de capa dura tenham um aspecto de melhor trabalhado e até mesmo a falsa impressão de resistência. A contra-capa é simples e o tom preto a deixou com uma certa elegância. Isso tudo seriam características que se fossem um livro barato eu poderia deixar de pontuar de uma maneira tão crítica, mas não é o caso.
A diagramação interna foi outra que me surpreendeu muito negativamente. As páginas são brancas, eu particularmente não gosto e prefiro aquelas amareladas, mas isso já é mais do gosto pessoal. Um ponto que me deixou boquiaberto é que a edição mais recente à venda é de 2004. Sim, 9 anos sem nenhum tipo de revisão para um livro que é relativamente famoso. A gente inclui aí as novas regras do último acordo ortográfico, que embora ainda não sejam obrigatórias, já estão presentes em muitos livros . Eu não encontrei nenhum erro de gramática no livro, só um tipo de padrão que eles usaram no texto que eu achei estanho por nunca ter visto antes. Sempre que algum personagem ia contar uma história o narrador tomava a voz dele e iniciava cada parágrafo com uma aspa ("), mas nunca as fechava. O livro é dividido em 5 capítulos que são quase partes porque são relativamente grandes e essas partes são ainda divididas em "sub-capítulos" enumerados em números cardinais arábicos. A escrita do autor é muito boa, afinal, ainda estamos falando de Stephen King. Eu ainda não tive um contato direto com a escrita dele, mas nas minhas duas experiencias ela ficou bem parecida, então ponto para a tradução.   
Esse primeiro livro da série, conta um pouco sobre a história do pistoleiro, Roland, e a sua busca  pela Torre Negra logo atrás do Homem de Preto. Este personagem é um ser mágico em que Roland acredita ser muito importante para encontrar a Torre. 
Enquanto o pistoleiro está perseguindo o homem de preto pelo deserto ele encontra Brown, um homem que vive naquele ambiente e que lhe oferece comida e informações acerca da localização do Walter das Sombras, como era também chamado o homem de preto.  E é a este homem que ele decide confiar e contar um pouco da sua trajetória em Tull, a cidade que ele havia passado antes de chegar ao deserto. E aí entra uma característica bem importante do livro. Sempre que o pistoleiro vai contar alguma coisa sobre a sua história ou passagem por algum lugar temos Flashbacks no livro, mas sempre na 3ª pessoa, assim como em todo o livro, é o narrador observador quem conta a história de Roland. E eles começam das formas mais imprevisíveis possíveis, então se a pessoa não for muito atenta durante a leitura ela pode se perder legal. Eu  sempre me perdia no começo o que me fazia voltar e ler a parte toda, mas depois fui me acostumando e passei a não cair mais. Contudo isso auxiliou para que a leitura ficasse mais demorada.
Outro fator que fez com que a leitura demorasse mais do que livros de 220 páginas habituais foi a construção do texto. A história inteira possui muitas metáforas, principalmente no final, o que faziam com que a pessoa - pelo menos eu que sou lerdo rs' - tivesse que ler alguns trechos várias vezes para entendê-los. 
Bom, voltando a história. Logo depois de Brown, Roland encontra Jack. Um personagem jovem, não me lembro exatamente a idade, mas acho que era 10 anos,  que foi morto em Nova York, mas que foi ressuscitado e levado para o deserto pela figura sombria da história.  O pistoleiro decide confiar na criança e resolve levá-la na busca pela Torre vendo que não sobreviveria muito tempo no deserto.  E a ele Roland conta muitas coisas sobre a sua infância e como se tornou um pistoleiro - é claro, em flashbacks. 
Eu tive um desapontamento muito grande por esse livro, porque pela sinopse eu estava esperando uma coisa muito mais legal e que me prendesse muito mais. Porém, não foi isso o que aconteceu. O livro não chega a ser chato, mas os fatos e a forma com que o autor expõe os acontecimentos é desinteressante, não puxa a sua atenção. Por exemplo, nesse livro ele não fala exatamente o que aconteceu com a família do pistoleiro, ou porque ele estava atrás da Torre e do Homem de Preto, mas é um livro que não me deixou assim: "Ai, meu Deus! Eu tenho que terminar esse livro! Eu tenho que saber o que acontece! Eu tenho que terminar a série!" Pelo contrário eu quase larguei o livro, mas como eu tinha visto resenhas que falavam que o final era bom, que faria com que o livro valesse a pena eu resolvi terminá-lo, mas puf, nada aconteceu. Tipo o final é até legalzinho, o narrador fala coisas interessantes,tem uma revelação bombástica,  mas continua sem graça, não me estimulou a ler os outros livros, a conhecer os segredos da série.
O que me fez dar duas estrelas e meia para esse livro foi a diagramação e o fato da história não ter partes que realmente prendessem o leitor. Outro fator que influenciou foi como o autor usou de metáforas e flashbacks que em alguns momentos poderiam mais enrolar a história do que agregar valor.  
Eu quero deixar bem claro que eu ainda não tenho tenho uma opinião formada sobre a série, eu vou ler o 2º livro e a partir daí eu acho que vou poder opinar um pouco melhor, mas esse primeiro me decepcionou em demasia.